Associação Portuguesa de Investigação em Cancro
Novo biomarcador de prognóstico em meduloblastoma
Novo biomarcador de prognóstico em meduloblastoma

Recentemente, dados de 2022 mostraram que Portugal regista a taxa mais elevada de incidência de cancro infantil na União Europeia, sendo o meduloblastoma o tumor cerebral maligno mais comum diagnosticado em crianças. O tratamento padrão para este tipo tumoral consiste em cirurgia, radioterapia e quimioterapia, no entanto não é eficaz em todos os casos e causa efeitos secundários graves a longo-termo. A investigação de novos alvos terapêuticos identificou a proteína B7-H3 como um candidato promissor em vários tipos de tumores. O nosso grupo identificou previamente que o gene que codifica esta proteína está aumentado no tumor dos pacientes com meduloblastoma. Assim, neste estudo avaliamos a expressão desta proteína numa série de casos de meduloblastoma, tendo confirmado a sua alta expressão comparativamente ao tecido cerebral normal. Adicionalmente, observámos que a alta expressão da proteína nos tumores destes pacientes está associada a um pior prognóstico e com a presença de metástases no diagnóstico. Estes dados suportam o papel desta proteína como um potencial novo marcador de prognóstico e agressividade tumoral em meduloblastoma.
Patrícia Fontão1,2,3, Gustavo Ramos Teixeira4,5, Daniel Antunes Moreno1, Rui Ferreira Marques2,3, João Norberto Stavale6, Suzana Maria Fleury Malheiros6, Carlos Almeida Júnior7, Bruna Minniti Mançano1 and Rui Manuel Reis1,2,3
1Molecular Oncology Research Center, Barretos Cancer Hospital, Rua Antenor Duarte Vilela, 1331, Barretos, SP 14784-400, Brazil
2Life and Health Sciences Research Institute (ICVS), School of Medicine, University of Minho, Braga, Portugal
3ICVS/3Bs-PT Government Associate Laboratory, Braga/Guimarães, Portugal
4Barretos School of Health Sciences, Dr. Paulo Prata – FACISB, Barretos, São Paulo, Brazil
5Department of Pathology, Barretos Cancer Hospital, Barretos, São Paulo, Brazil
6Federal University of São Paulo, São Paulo, Brazil
7Barretos Children’s Cancer Hospital, Barretos, Brazil
Background: Medulloblastoma (MB) is the most common malignant brain tumor in children. Although the 5-year survival rate is approximately 70–80%, the current standard treatment results in severe and long-term side effects. The search for new anticancer immunotherapeutic targets has identified B7-H3 as a promising candidate in various solid tumors. However, the role of B7-H3 in MB remains unclear, and studies reporting its protein expression and association with clinicopathological characteristics are still limited. Methods: In this study, B7-H3 protein expression was evaluated by immunohistochemistry in seven non-tumor samples and 43 molecularly characterized MB tissues. Its expression profile was correlated with B7-H3 (CD276) mRNA levels, which were previously determined by nCounter, as well as with the patients’ clinical features. Results: Only 14.3% (1/7) of non-tumor brain and cerebellum tissues showed B7-H3 positivity, whereas 95.6% (41/43) of the MB samples expressed this protein at distinct levels. B7-H3 was found in the cytoplasm and on the membrane of cancer cells. A significant positive correlation was observed between CD276 mRNA and B7-H3 protein levels. Moreover, high expression of B7-H3 protein was associated with worse overall survival and the presence of metastasis at diagnosis. Conclusions: This is the first study to associate CD276 mRNA and B7-H3 protein levels in MB, revealing a significant positive correlation. We observed that B7-H3 was overexpressed in MB compared to non-tumor brain tissue. High B7-H3 expression was associated with a worse outcome and with the presence of metastasis at diagnosis.
Diagnostic Pathology
https://link.springer.com/article/10.1186/s13000-025-01645-y